domingo, 27 de maio de 2012

FÉ COM OBRAS



   A maior enchente do Amazonas trouxe inúmeros problemas para os municípios e capital e deixou desabrigadas milhares de pessoas que vivem às margens dos rios que cortam o Estado.

  Considerando a grave situação que a natureza impôs ao Amazonas, foi impossível para o governo e prefeituras atender a todos os desabrigados, apesar do esforço do poder público para fazer o melhor por essa gente humilde e sofrida, entre eles irmãos e irmãs que servem a Jesus e frequentam as mais diferentes igrejas.

  Muitos de nós estamos orando em favor dos flagelados, independente do credo que eles professam, a fim de que o Senhor atenda às necessidades de cada família. Mas o dever do cristão deve ir além da oração. Os fiéis precisam mobilizar-se e fazer alguma coisa prática para ajudar nossos irmãos e dar-lhes apoio não só espiritual, mas também material.

  O apóstolo Tiago alertou-nos contra nossa omissão e indiferença no tocante ao cuidado que devemos ter com os necessitados. Após mostrar-nos que a fé sem obras é morta, ele nos afirma que nossa fé em Deus é evidenciada pelas obras que praticamos. Veja o que escreveu o autor sagrado: ‘’Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também, a fé se não tiver obras, por si só está morta’’ (Tg 2.15-17).

  A recomendação do irmão de Jesus vem sendo seguida à risca pela Assembleia de Deus no Amazonas, uma igreja fiel aos princípios bíblicos e que tem procurado atender à pessoa humana de modo integral, ou seja, espírito, alma e corpo. É assim que demonstramos nossa fé – praticando boas obras e atendendo aos doentes e enfermos, aos humildes e carentes, ao órfão e às viúvas, em suas necessidades, sejam elas espirituais ou materiais.

  Como presidente da igreja, procuro conscientizar e mobilizar os irmãos assembleianos no sentido de ajudar os necessitados e prover-lhes suas carências. Em companhia do pr. Samuel Câmara, visitei alguns lugares atingidos pela cheia e vi ‘’in loco’’que a situação de muitos ribeirinhos é calamitosa e comovente. Muitos não têm roupas para vestir, alimentos, água potável e medicamentos e, ainda por cima, estão sujeitos aos ataques de animais peçonhentos, estando suscetíveis, inclusive, a inúmeras doenças. Desabrigados e sem ter onde dormir, é realmente dramática a situação em que vivem. Aproveitei a viagem para distribuir algumas toneladas de alimentos, roupas e remédios e orar pelos que sofrem e vivem à mercê da própria sorte. A felicidade no olhar de cada uma das pessoas beneficiadas marcou nossa viagem e foi-nos impossível esquecer esse gesto, bem como as palavras de agradecimento que fizeram a Deus e a nós, servos dEle.

  As recomendações de Tiago, o exemplo do Mestre Jesus e o dever que o cristão tem com o próximo foram a motivação que nos levou a isso. O desejo de ser bem-aventurado também nos impulsiona à ação. Veja o que disse Davi: “Bem-aventurado aquele que ajuda ao necessitado; o Senhor o livrará no dia da adversidade”.  

  Sei que isso é somente para aqueles que têm fé.  Não qualquer fé, mas a verdadeira, a que aponta para Jesus. A fé do crente Abraão. A fé com obras.

Pr. Jonatas Câmara
           




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